Cada vez mais vou notando, em pessoas que não me são tão distantes assim, ideias simpatizantes às do CH, com argumentos que relativizam as suas propostas mais extremas. O Chega não é, por definição, um partido de extrema direita. É um partido liberal, de direita conservadora que (não oficialmente) mostra uma tendência para posições marcadamente discriminatórias. Embora não se insira da definição histórica da extrema-direita, muitos dos seus apoiantes estão ligados a grupos violentos e movimentos xenófobos que promovem ódio contra comunidades estrangeiras, LGBTQIA+ e minorias. E o partido tem que assumir responsabilidade pelos movimentos que inspira, mesmo que não os reivindique diretamente. Diogo Pacheco de Amorim, uma das principais figuras do Chega, esteve ligado ao MDLP, uma organização armada que se opôs à descolonização. A Rita Matias, voz ativa contra o aborto e defensora dos valores tradicionais, é filha do ex-líder do PPV, uma força cristã-conservadora que se opunha ativamente ...