0522

Sinto o âmago de uma morte que nasceu dentro de mim. Um véu opaco e negro. Amor pesado. Uma rocha, sem massa, mas fardo, que me imobiliza. Cubro, com as palmas das mãos, o rosto. Enterro-me, agora sim. Aqui em baixo permanece a respiração. Nada é oculto excepto eu. Uma poeira industrial que nasceu num bosque ingénuo e agora esvoaça, Dédalo-filho, à beira do sol.

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