Eu sou. O quê são pormenores. Eu sou. E a essência de ser algo é tudo o que sou. E chega. Depois desempenho os meus papéis sociais e tenho os vários "Eus", como todos. Tenho pensamentos bipolares, ideias para duas respostas de opinião diferente. Mas o que sou esconde-se muito atrás disso. Os "Eus" que sou são conscientes, é uma camuflagem natural que tem que ser feita. A única maneira de chegar a alguém e conseguir ter algum papel relevante é através da inserção.
Uma ode em três partes
CAPÍTULO I Conheci o Zé Carvalheiro numa ação de distribuição de bebidas gaseificadas. Fomos contratados para carregar mochilas térmicas de 15kg pelo verão infernal de Lisboa e só nos safou as que fomos bebendo à pala durante oito horas. Mais tarde reencontramo-nos numa ação de distribuição de mentos, mas nem as caixinhas que sobraram compensaram o preço que recebíamos à hora. Mas já não sei porque raio terá sido, ficamos amigos. O Zé estudou Belas Artes e agora é ilustrador no Público, mas na altura andávamos a fazer estes trabalhinhos de caca. Por vezes montava barracas na Feira da Ladra para exibir os seus trabalhos e cheguei a comprar-lhe um autocolante com uma ovelha que dizia "Life is a - meeeeh – zing", que guardei religiosamente na carteira. Uns meses depois descobrimos que éramos vizinhos. E em alturas em que eu não estava para aturar os 4 marmanjos com quem vivia, íamos à Paiva Couceiro ver os velhotes discutir e os putos ...
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