Um monólogo só meu

    E sou apanhado num momento em que leio o que escrevo e pasmo. Palavras minhas que parecem identificar uma outra autoria... Descarto logo o primeiro pensamento! Heterónimos... Não, nada disso! Parece-me sim que me transformo quando rendido à escrita. Ou será o oposto? Merda. Seria possível supor que vivo em plena transformação e me revelo quando em escassos presentes acordo? Ah, maldita biologia que trais e mundano que me esqueces!
    E assim releio. Faço-o com nostalgia... Não de algo que passou mas que ainda existe e dorme. Porque não permite o mundo um conformar constante, uma preservação de quem sou? E assim respiro: coberto, oculto! Quando à minha volta tudo está mas eu não vejo.

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