Questões como "Quem somos?", "O que é Deus?", "De onde vimos?", "Qual a nossa missão?" (se é que há um propósito) perseguem-nos como sombras desde a origem do mundo e são estas mesmas que irão ditar a extinção da espécie humana como a conhecemos. Porque se algum dia a mente ascender a um grau tão absoluto cujas respostas obtenham um caráter intemporal e decentemente dogmático e o enigma for efetivamente transportado para os confins do Cosmos, morremos. Qual seria, então, o propósito do Homem se tudo estivesse sabido e o pensamento se limitasse por não mais indagar?
Uma ode em três partes
CAPÍTULO I Conheci o Zé Carvalheiro numa ação de distribuição de bebidas gaseificadas. Fomos contratados para carregar mochilas térmicas de 15kg pelo verão infernal de Lisboa e só nos safou as que fomos bebendo à pala durante oito horas. Mais tarde reencontramo-nos numa ação de distribuição de mentos, mas nem as caixinhas que sobraram compensaram o preço que recebíamos à hora. Mas já não sei porque raio terá sido, ficamos amigos. O Zé estudou Belas Artes e agora é ilustrador no Público, mas na altura andávamos a fazer estes trabalhinhos de caca. Por vezes montava barracas na Feira da Ladra para exibir os seus trabalhos e cheguei a comprar-lhe um autocolante com uma ovelha que dizia "Life is a - meeeeh – zing", que guardei religiosamente na carteira. Uns meses depois descobrimos que éramos vizinhos. E em alturas em que eu não estava para aturar os 4 marmanjos com quem vivia, íamos à Paiva Couceiro ver os velhotes discutir e os putos ...
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