Cortinas cerradas

    Cortinas fechadas numa mesa vazia. Espaço oculto que delinio com os olhos. Dois corpos deitados na escassez da noite. Nada de outro qualquer espaço se observa ou sente. O ópio é tudo. Um empate à realidade. Um atraso vivido, presente fictício.
    Dois olhos se abrem e observam o outro. Contemplação eterna. Sorrisos se trocam e um olhar penetrante. Podia renascer mas a verdade é inconstante.
    Dorme. Um sonho inacabado.

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