Sem inspiração

Não sei o que me faz escrever
Os pensamentos não me surgem, renegam-se a aparecer
Puxo por algo dos confins da minha alma
Mas a minha mente está serena,
Não surge nada na sua calma

Lá fora está vento, mas nem esse mesmo me inspira
Não há sol neste momento, não há nada que me admira
Olho em redor, creio que algo me dá inspiração
Mas quando olho melhor, não passava de uma simples visão

Continuo a vaguear, e as palavras fluem
Não as consigo apanhar, perco-as por entre a nuvem
Na minha palma uma caneta nova, novinha e por estrear,
Mas da minha mente nada recebo, e limito-me a olhar

Quando penso que algo surge, rapidamente se desvanece
Recuso-me a desistir, mas o inconsciente dita "Filipe, esquece!"
Mas eu não quero esquecer, não quero parar,
Porque quando este poema comecei a escrever, não sabia como ía ficar

Sem inspiração aqui estou eu
A escrever, sem cessar
Lá fora noto que choveu,
Vou lá fora, passear.



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