Ar

    Ao entrar na floresta, recebes-me. 
    As folhas das árvores começam a cantar ao sabor do vento e a brisa fresca trespassa-me. À medida que o vento se torna mais forte e os ramos dançam para acompanhar a cantiga das folhas, as árvores balançam e os seus cumes tocam-se ao som de um beijo.
    Aparecem pássaros vindos do nada, mas é então que o vento cessa.
    Imagino-o a voltar. Imagino o som das folhas a surgir e quando dou por mim estas recomeçam o seu canto e os meus braços elevam-se à medida que a melodia se ouve mais alto, os ramos dançam e as árvores voltam-se a embalar.
    No inverno vens ter comigo de uma maneira mais gélida. Já não és aquela brisa agradável mas sim um vento agreste que arrepia o meu corpo. Recuso-me a aceitar que está frio. Contrario-o. Aceito o vento gelado e ergo a cabeça aos céus.
    De um vento poderoso a energia é tanta!  



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