Água
És tão leve. Fluis por tudo e transformas-te no que bem entendes. És tão poderosa... capaz de mover montanhas e inundar mundos. Por outro lado és tão frágil... tão maleável. A tua aparência é facilmente moldável e moldaste-te dentro de mim, ao nascer.
És furiosa como os teus três irmãos. E és pacifica. Equilibras o meu ser. És sensível e procuras harmonia no mundo. Adoro ouvir-te andar. Os teus passos enchem-me a alma e alimentam-me o espírito enquanto os meus ouvidos se deleitam a escutar-te.
Quando despertas em mim, divido-me. O meu corpo separa-se em pequenas gotas de água que contrariam a gravidade. Sinto-me mais leve. Estou a flutuar.
Ao mover-me, os movimentos são lentos como se a nadar estivesse. É tudo tão irreal; estou tão pacifico.
Imagino que o mar se estende à minha frente e arrepio-me automaticamente devido ao frio que transpiras. Mergulho no mar e transformo-me nele mesmo.
A Água não se limita a estar dentro de mim. A Água sou eu.
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