O Belo

Será a flor bela? E o que é o belo? Será o belo-belo?
O que é belo para mim pode não ser para ti... Quem definiu o que era belo e o que não era? Ninguém. A flor é bela, mas pode não ser. Os meus olhos podem vê-la feia e ela ser bela e vice-versa. Mas há padrões: porque será que um determinado conjunto de pessoas concordam que as flores são belas e outro conjunto que não?
Não queria estar aqui a escrever um tema em que todas as linhas fossem feitas de perguntas que não obtinham qualquer resposta. Para a obter poderia falar sobre o processo de formação das flores e talvez seja isso que as tornas belas, a sua raiz, a sua origem, o facto de nascerem do nada e através do nada, que por sua vez nasceu do nada. De onde veio tudo? Como é que tudo começou?
Posso aventurar-me por todos esses temas, mas quero deixar isso por outra altura e focar-me só neste.
Até eu, sem ninguém para me julgar ou dar opiniões destas palavras enquanto escrevo isto, consigo dizer que o que pode ser belo para mim hoje, pode não o ser amanhã.
Com isto, consigo chegar a uma conclusão:
Não existe o belo e o feio, mas sim o estado de espírito:
Se eu estiver bem disposto (digamos assim) tudo ao meu redor será belo.
Mas e se não estiver?
Por sua vez, tudo à minha volta será velho, cinzento e triste.
Escrevo isto na varanda do meu quarto e o dia está chuvoso, o meu quintal não está bonito de se ver, consigo notar, e o dia parece parado, completamente inerte e dorminhoco.
Sei que o mundo roda enquanto escrevo isto e que outras pessoas vivem as suas vidas, e que provavelmente este dia está a ser deveras cansativo para elas, mas para mim, com o estado de espírito perto de atingir o seu auge, tudo ao meu redor está belo, e eu não o consigo ver de outra maneira...

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