Mas que merda, que tão bom é. Do que gostava mesmo, neste minuto que já passou mas o desejo mantém vivo, era de poder deixar uma mensagem a Saramago. Algo assim, curto e grosso. Ele que nem a lesse, pouco me importaria, mas que a oportunidade fosse palpável. "Enquanto calamos as perguntas, mantemos a ilusão de que poderemos vir a saber as respostas". Fútil é que, neste caso, isso e nada se aplica. Escrevia-se, na 349, linhas antes da referência a Bracara Augusta, que o que importa é ter sido, não é que venha a ser lida: e faço das tuas, minhas. Anunciar, mas que nada tem de novo, o quão sonante a sua junção silábica é e o quão enaltece a voz de quem o lê em alto. Mas não o consigo manifestar; não a ele. Não o posso, até. Por ventura talvez essa seja a forma realista que Tem, enquanto morto, de se manifestar em quem ainda vive. Em mim, que o coração bate rápido demais. A imortalidade é casamento de palavras.

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